domingo, 12 de abril de 2015

Perdida no labirinto

Enfiei minhas mãos mais fundo nos bolsos do casaco, sentindo o vento soprar mais forte. O chão estava molhado; havia chovido poucas horas antes. O céu permanecia nublado.
Eu olhava em volta desesperada, à procura de alguém, à procura de algo que não sabia o que era. Tudo parecia fora de foco e desconhecido para mim. Nada ali me era familiar, nada ali me deixava à vontade.
Eu me sentia como em um labirinto, e a saída não estava à vista.
Andei até meus pés criarem bolhas, e meus joelhos começarem a ceder. Andei até as nuvens se tornarem mais escuras e densas. Andei até que as nuvens não aguentassem seu próprio peso, e começassem a se desfazer em forma de chuva. Não parei de me mexer nem quando meu corpo começou a tremer de frio.
Eu estava perdida, eu não tinha ninguém.

Eu ainda estava presa no labirinto, e você não estava à vista.


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